sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Quando o assunto é amor

Se pararmos para pensar um pouco, já perceberam que o amor é um tema bastante discutido? O ser humano busca a felicidade a todo o momento, seja nas suas relações pessoais ou sociais. A temática amor é palco de discussões científicas, é mencionada por muitos poetas, encontrado em muitas músicas, utilizado como razões de suicídios (morrer por amor), assassinatos (matei por amor) etc. O amor é natural do homem ou se constrói culturalmente? Esse tal amor é complicado...
Os filósofos são um bom exemplo de questionadores quando o assunto é amor. Eles se perguntam: como definir o amor? Como compreendê-lo? O amor é necessário? É útil? Percebem? Desde os primórdios esse sentimento é tão debatido.
Na mitologia grega, por exemplo, tomamos como ponto de partida a obra “O banquete” do poeta Hesíodo. Nessa obra, um dos personagens, o autor satírico Aristófanes, narra o mito de Eros*, que de acordo com ele, este é o maior amigo do homem.
Aristófanes discursa que no início dos tempos, os seres humanos eram completos, entretanto em virtude de uma punição divina, fomos separados, divididos. Existiam homens, mulheres e os seres chamados andróginos. Os homens possuíam quatro mãos, quatro pés e dois órgãos sexuais masculinos. As mulheres por sua vez da mesma forma, mas com dois sexos femininos. E por últimos, os andrógenos, possuíam um sexo de cada. O mito afirma que todos esses seres eram muito velozes e vigorosos. E por isso quiseram atacar o mundo dos deuses: e o maior destes, Zeus, os cortou pela metade. E devido a essa separação, sentimo-nos incompletos, e procuramos sempre a nossa metade perdida. E de acordo com Aristófanes, o amor nos impulsiona a buscar o outro. E esse desejo de nos sentirmos amados se dá pela vontade de nos tornarmos completos.
De acordo com Sócrates, nessa mesma obra, o amor é um processo de evolução. Como assim? Segundo ele, nós humanos começamos primeiramente a amar a beleza física dos corpos, entretanto passamos a perceber que existe uma beleza bem mais profunda no outro, é a beleza da alma. O amor das almas é muito mais nobre, tendo em vista que está direcionado a algo considerado eterno. Esse amor leva o ser humano a cuidar do outro, zelar pelo outro, levando sempre ao caminho do bem. O ápice do amor em Sócrates é aquele que o indivíduo se dedica na educação do outro. E essa forma de amor, é o pedagógico, que é o mais sublime de todos na visão de Platão.
Na primeira metade do século XVII encontramos o amor romântico, exaltado por poetas, pintores e filósofos no movimento conhecido como Romantismo. Um fato interessante que chama a atenção é que todas as histórias contadas por escritores românticos acabavam em tragédia. Eram amores impossíveis, utópicos como o clássico Romeu e Julieta de Shakespeare dentre outros.
No caso da psicologia, o amor foi tratado de diversas maneiras. De acordo com a psicóloga norte-americana Dorothy Tennov, em uma pesquisa por ela realizada com muitos pacientes, chegou à conclusão de que existe um estado que corresponde ao amor romântico que ela denominou limerance; e trata-se de algo universal, que independe de cultura.
Esse estado de limerance é um estado emocional que uma pessoa sente um forte desejo romântico por outra, mas que este, segundo a psicóloga não é amor, pois este é revelado pela preocupação com o outro. E essa limerance não tem isso. Seus sintomas são: medo de ser rejeitado, fascinação pelo objeto desejado, palpitações, ansiedade, excitação etc.
Como podemos ver, o amor é um assunto que permeia a cabeça de muitos pensadores, artistas, cientistas... Todos em seu ramo buscam explicar esse tal amor que consome a vida de nós humanos. E você, saberia explicar o amor? Nascemos com ele, ou é apenas convenção social? Você ama? É amado? Esse tal amor é tão complicado...
*Na mitologia grega , era o deus primordial do amor sexual e da beleza.

Gláucia Santos de Maria

3 comentários:

  1. Vou comentar citando meu exemplo.
    Primeiramente eu não sei explicar o amor, mas costumo dizer que esse sentimento é uma mistura de vários outros sentimentos bons que podemos sentir, é divino e superior a todos os outros. Todo ser humano é capaz de amar, quando se ama se é feliz, completo, realizado... (isso quando esse amor é correspondido, caso contrário pode levar até a morte). E existem vários tipos de amor. Tem o amor que sentimos pelos nossos pais, irmãos, namorado ou marido, amigos e até coisas materiais. Fora esse último, todos podem ser intensos mas de maneiras diferentes.
    Acredito e posso dizer que em 20 anos de vida nunca senti amor mais forte do que o amor conjugal. Aquele que sentimos por aquela pessoa que pretendemos passar o resto da vida, construir família e ser felizes para sempre. Eu e meu namorado por exemplo, construímos uma ligação tão forte ao longo de cinco anos que por mais distante geograficamente que estejamos isso não faz diferença alguma no que sentimos um pelo outro. Mas enfim, só sabe quem sente, quem ama, e de verdade! O amor pra acontecer tem que ser verdadeiro. "Ou se ama intensamente, ou nunca se amou verdadeiramente".

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  2. Sou muito suspeita para comentar sobre o amor. Já que compartilho esse blog e outras tantas coisas com um ser super especial: Rony! E tudo o que queria expressar, acho que foi entendido através do texto, a começar da frase que intitula o post do desenho!!! =)
    O que queria acrescentar é que quando esse sentimento chega, não escolhe hora nem lugar. Ele nos invade no momento certo e na hora exata! Pelo menos é isso que acho, pois aconteceu no momento em que menos esperava...
    E quanto ao comentário de Narallynne, acredito que o "love" dela vai gostar dessa declaração, se bem que é mais uma dentre outras que, creio eu, ela já tenha feito pessoalmente! =)

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  3. =D
    Você está certíssima!
    Muitas vezes quando não temos o que falar, o amor se expressa através de gestos onde até um simples olhar nos deixa com a sensação de borboletas na barriga! #lovefeelings

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